INBREEDING
Em termos genéticos inbreeding significa cruzar animais relacionados entre si. Em oposição, cruzar animais não relacionados entre si denomina-se outcrossing.
Podemos dizer que inbreebing é o que nós humanos consideramos incesto ( pais com filhos ou cruzamentos entre irmãos ). Cruzamento de tio com sobrinha , tia com sobrinho e entre primos irmãos são chamados de inbreeding por alguns e linebreeding por outros.
Qual o resultado do inbreeding para que o consideremos importante do ponto de vista genético? Basicamente é que êle aumenta a possibilidade de duas cópias de um determinado gen que sejam idênticas e derivadas de um mesmo ancestral.. Tecnicamente o animal é homozigoto desse gen em particular. Os animais heterozigotos tem alguma diferença entre as duas cópias do gen.
Lembramos que cada animal tem duas cópias de cada determinado gen, um proveniente do pai e outro proveniente da mãe. No caso dos pais que são parentes, as chances que os gens de seus descendentes sejam cópias idênticas derivadas de seus ancestrais comuns, são maiores.
No fato em si, não há nenhum mal ou bem.
Devemos ressaltar que pais frutos de inbreeding podem produzir ninhadas com baixo coeficiente de inbreeding, se os mesmos não tiverem ancestrais em comum. Por outro lados, caso os pais tenham ancestrais em comum, o coeficiente de inbreeding dos filhotes sofrerá em acréscimo.
Isto tudo nos permite tirar algumas rápidas conclusões : inbreeding sim, mas com limites mais próximos ao linebreeding e levando-se em consideração a contribuição que cada linha dos pais dá ao fenótipo ( aparência externa) do novo indivíduo, de maneira a não fixar gens indesejáveis, que mais cedo ou mais tarde, nos farão eliminar os indivíduos com pior qualidade de vida ou fenótipo do plantel do criador.
Lendo os pedigrees, vamos descobrir as linhagens do animal, que é o que todo criador consciente deverá fazer.
Texto : Dr Bernardino Paz Blanco – Tradução de Inar P. de Miranda Reis